quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Coleção Eu Leio

Design de Fabrício Waltrick (edição de arte) e Luiz Domingues (projeto gráfico do miolo)






Designers:

As aventuras de Tom Sawyer: Nate Williams (EUA)
O médico e o monstro: Kris Hammerstad (Noruega)
O livro da selva: Pietari Posti (Finlândia)
Viagem ao centro da Terra: Carlo Giovani (Brasil)

Mês passado coloquei aqui a bela capa que o designer Carlo Giovani fez para Viagem ao Centro da Terra de Julio Verne, primeiro volume do relançamento da coleção Eu Leio da Editora Ática (ao post original, aliás, foram acrescentadas mais algumas imagens. O livro já saiu (pra quem é de Porto Alegre como eu, encontrei na banca da Ática na Feira do Livro).
Entrevistei o editor de Literatura Juvenil da editora Ática, Fabrício Waltrick, sobre a reformulação do projeto gráfico da coelção, e os próximos volumes que estão saindo.O texto que segue abaixo vem nas palavras do próprio Fabrício.


"Recentemente reformulamos coleções históricas da Ática, como a Para Gostar de Ler (projeto da Mariana Newlands) e a Bom Livro (projeto meu e do Luiz Dominguez). Na hora de reformular a Eu Leio, eu quis ir em outra direção. A Eu Leio traz clássicos da literatura universal indicados (não exclusivamente, é claro) para jovens leitores. Por serem títulos de diferentes épocas, origens e estilos, quis que o projeto refletisse a individualidade de cada livro."



"Inicialmente a ideia era de que na capa entrariam apenas o logo da coleção e o selo 'texto integral' (informação importante para diferenciar o livro de uma adaptação); o resto seria livre para a criação de cada artista convidado, com uma sutil direção de arte nossa. Acontece que, no momento em que fizemos os primeiros estudos, percebemos que a liberdade precisaria ser ampliada. Até o logo da coleção, apesar de relativamente pequeno, era um fator limitante, que em alguns casos comprometia o resultado final."



"Transferimos então as informações (logo e selo) para a 4a capa. Na capa mesmo só entram o logo da editora e, claro, o título da obra e nome do autor (mas mesmo esses são independentes na forma)."


"A partir dessa ideia de individualidade desdobrou-se o conceito do miolo. Não seria possível adotar o caminho totalmente anárquico também na tipografia da coleção (até porque isso afetaria a legibilidade do texto, o que não nos interessava). Mas percebemos que poderíamos caminhar poderíamos explorar essa “personalização” gráfica nos letterings. O desenho de cada título de seção, capítulo e mesmo do separador de nota de rodapé foi desenhado à mão pelo designer Luiz Dominguez. Ele também produziu outros grafismos “incidentais”, presentes em cada livro. A ideia ali foi brincar com o nome da coleção: Eu Leio. É como se o leitor (o Eu) estivesse rabiscando, personalizando seu livro. Acho que o resultado ficou legal."

Um comentário:

Bruna Andrade disse...

Todos adoramos livros que além da capa, também tem um design bonito no miolo, lombada, contracapa, tudo que tem direito. Afinal de contas a imagem conta muito na hora de escolher um livro. Se não pela história, pela edição.

Adorei essas edições de clássicos. E falando em Robert Louis Stevenson, há uma edição de O Clube dos Suicidas pela Rocco que é lindíssima! Julguei mesmo pela capa, rs.


Bruna Andrade,
allstarejeans.blogspot.com

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